segunda-feira, 26 de abril de 2010

Funcionalidade da Música primeira parte.



Caros irmãos e irmãs, PAZ e BEM!

Este final de semana estivemos presentes no Encontro dos Jovens da Família Franciscana em Franca, num clima de fraternidade e alegria intensos. E, em meio a partilhas com os irmãos e as irmãs, discutia o tema que leva o título dessa postagem, tema que outrora discutira na sala de aula com meus irmãos e irmãs da faculdade de música, que é a funcionalidade da música.

Sabemos, através de muita pesquisa e leitura, que os povos antigos tinham uma outra concepção. Primeiro porque enxergavam o mundo de outra maneira e entendiam o mundo que os cercava de forma diversa à nossa. A música possuia importância ímpar na religião. Primeiro devemos depurar o nosso sentido do que vem a ser religião

Quando pensamos em religião já nos vem a cabeça igreja, instituição, hierarquia, etc.... Mas, no sentido mais preciso, religião é a forma com que o homem se une a divindade (religare = religar). Os povos antigos, portanto, possuiam a sua religião, sua forma de se religar ao sagrado, que para eles se expressava pela natureza (deus sol, deus trovão, deus chuva, etc...)

A música é uma forma, a mais perfeita, de se fazer religião, de se unir as divindades. Porém, como todos esse povos em sua maioria eram politeístas, havia para cada Deus uma forma de se expressar diferente. Dai entra a funcionalidade da música, através de formas de se constituir a música, esses povos se expressavam para um determinado deus.

Sabemos que a cultura grega influenciou a todos nós. Os gregos entendiam que o bom conhecimento da música, aliada a ginástica, produziria o ser humano perfeito. A música estava intimamente ligada ao desenvolvimento emotivo, humano e intelectual do homem.

E hoje, penso que a funcionalidade não se associa mais a música. Hoje faz-se música, muitas vezes por fazer, sem ter o mínimo de consciência do que está fazendo. Acrescente a isso a nossa forma capitalista de ser que, sem julgá-la nesta postagem, faz com que nossa preocupação seja em primeiro lugar, e muitas vezes somente, financeira.

E nós: o que faremos diante dessa realidade?


Continua...

2 comentários:

  1. Cantor religioso
    Padre Zezinho

    Composição: Pe. Zezinho

    Eu me tornei cantor religioso
    quando, um certo dia, minha fé falou
    vai conversar com teus irmãos cantando
    que a canção ajuda o povo a caminhar
    eu me tornei cantor religioso
    quando eu descobri a graça de cantar.

    Uma canção religiosa é mais do que aleluia
    glória e assim seja
    é muito mais que por um verso numa melodia
    pra cantar na igreja.

    Quem quer fazer canção religiosa
    tem que ouvir os sonhos que seu povo tem
    quem quer fazer canção religiosa
    tem que ouvir a igreja
    se não faz isso ele canta bonito
    mas não canta bem!

    Fazer canção religiosa é anunciar a vida
    de cabeça aberta
    é procurar a letra e a cantiga certa
    pra assembléia certa.

    Quem sonha ser cantor religioso
    tem que dar valor ao outro cantador
    quem quer fazer canção religiosa
    aplaude a luz do outro
    se não faz isso ele canta bonito
    mas não canta bem!

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  2. Canção para meu Deus
    (Pe. Zezinho/ scj)

    O orvalho da manhã criança
    Me fala do meu Deus
    O cantar da brisa mansa
    Me fala do meu Deus
    A rola que turturina
    Me fala do meu Deus
    Minha vida uma canção ensina
    A canção que eu fiz para meu Deus.

    Oh. oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
    Oh. oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh

    A dor do meu irmão que chora
    Me fala do meu Deus
    A alegria que hoje eu vi lá fora
    Me fala do meu Deus
    A esperança que aqui dentro vai
    Me fala do meu Deus
    E bem dentro de minh'alma sai
    A canção que eu fiz para meu Deus.

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