O Ofício Divino

Uma das reformas mais importantes do Concílio Vaticano II foi a litúrgica. De fato, a "Sacrosanctum Concilium", que foi o primeiro documento emitido do Concílio, foi uma renovação fundamental para o resgate de aspectos que haviam se perdido durante séculos na Igreja.

Um destes resgates foi o Ofício Divino. Esta Liturgia relembra Jesus e os apóstolos que, segundo as Sagradas Escrituras, rezavam assiduamente, consagrando o dia ao Senhor: "Ao assumir a natureza humana, Cristo Jesus, sumo sacerdote do Novo e Eterno Testamento, introduziu neste exílio terrestre o hino que eternamente se canta no céu. Unindo-se a toda a estirpe humana, a associa ao seu próprio cântico de louvor. Continua a exercer este seu papel sacerdotal por meio de sua Igreja, que louva o Senhor sem interrupção e ora pela salvação de todo o mundo, não apenas na celebração da eucaristia, mas especialmente no desempenho do ofício divino" SC 83.


Fortalecendo a importância da Oração do Ofício o Concílio irá dizer: "O Ofício é a voz da Igreja e de todo o corpo místico de Cristo, em louvor público a Deus" SC 99.
No decorrer da História o Ofício, devido a muitos fatores, acabou sendo uma oração reservado aos clérigos (nem mesmo os Irmãos Leigos Consagrados rezavam-no). O Concílio veio devolver o Ofício ao povo, pois todos os batizados devem ter acesso a essa preciosidade de nossa Igreja, e deixa claro que isso é responsabilidade dos pastores: "Os pastores procurem celebrar em comum, na Igreja, as principais horas, pelo menos as vésperas, nos domingos e dias festivos. Recomenda-se que os leigos recitem o ofício, em comum com os sacerdotes, entre si ou mesmo individualmente" SC 100.

Então, que todos nós: Igreja, povo de Deus, possamos cultivar o Ofício Divino, buscando rezar como Jesus que durante sua vida levantou suas orações e súplicas ao Pai e foi justificado pela sua vitória sobre a morte e agora é ele, Cristo Senhor, que une-se a nós na oração cotidiana para que também nós, com ele, sejamos justificados. Assim seja!!!